sexta-feira, 12 de agosto de 2016

OS ARCANOS MAIORES DO TARÔ EM POEMAS: O SOL

Zildo Gallo

Dando continuidade ao proposto em 26 de abril de 2016, um dia outonal nublado, eu publico hoje, 12 de agosto de 2016, num dia invernal, muito seco e frio, um poema sobre a minha percepção da carta número 19 (dezenove) do Tarô de Marselha, o Sol. Relembrando, desde 1990 eu estudo as diferentes versões do Tarô, desde a mais antiga, Tarô de Marselha, até as mais novas, como o Tarô dos Orixás, por exemplo. O Sol é a décima nona carta da jornada arquetípica do Tarô e, após ela, faltam apenas duas cartas a serem contempladas com seus respectivos poemas. Em breve, a série estará completa, é só aguardar.


O SOL

Senhor da luz incandescente,
Senhor do ouro alquímico
Que transmuta toda noite em dia,
Clareia a escuridão da minh'alma
Que chafurda no escuro pântano
Da egocêntrica solidão.

Majestade do meu sistema planetário,
Imensa pedra filosofal sempre pronta
Para transformar o menor dos átomos
No mais puro e cobiçado ouro,
Transforma toda a minha pungente dor
Na mais pura e irradiante alegria.

Senhor da grande juba dourada,
Rei de todas as criaturas terrestres,
As quais ilumina em igualdade perfeita,
Ensina-me a humildade de ser igual,
De ser apenas o que sou:
Pó das estrelas.


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