sexta-feira, 29 de novembro de 2019

HAICAI DO TAO


Zildo Gallo


Tudo é um só
Mas em dois se divide
Mas se abraçam


MEU PAÍS


Zildo Gallo


No meu país havia matas.
Agora, doidamente, as desmatam.
E matam... e matam... e matam...
Gentes, bichos e, também, baratas,
Estas já nascidas pra morrer.
Até o sapo cururu já nem canta,
Na beira daquele rio,
Nem mesmo quando vem o frio.
Oh maninha,
Assim vai o meu país,
Embarcação levando ao mundo
Soja, açúcar, carnes e venenos,
Aos borbotões, aos borbotões...
Sem nenhuma pena.
E que se dane a multidão,
Coisa bem pequena,
Encantada, anestesiada...
Em pétreo coração.


quinta-feira, 28 de novembro de 2019

ASSIM...

Zildo Gallo


As coisas andam
E estão
Nem pés
Nem cabeças
Arrastando-se
Sem direção
Assim, vêm e vão...
Assim, vão e vêm...
Em fechado círculo
Em eterna repetição
Assim, as coisas se vão
Entre aventuras vãs
E desventuras tantas
E tontas...
Assim o mundo vai
Girando seu círculo
Em círculos...
Em círculos...
Assim as coisas são
Eternas repetições
Que vêm
E que vão
E que vêm...


sexta-feira, 22 de novembro de 2019

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

BANANAS


Zildo Gallo


Àqueles que obstruem o meu caminho
Eu digo apenas
Leiam Mario Quintana
E lhes dou grande banana
Não tenho a mesma finesse
Daquele poeta bacana



TEMPO E ROUPA SUJA