Zildo Gallo
O Brasil é o terceiro
produtor de cerveja do mundo e seu povo tornou-se grande consumidor dessa
bebida. E dai? todo mundo já sabe disso. Todavia, tem algo que muita gente
ainda não sabe: quando bebem as cervejas mais consumidas no mercado nacional, as
mais conhecidas, as das grandes cervejarias, os brasileiros apreciadores de
cerveja estão bebendo 45% de suco de milho transgênico. Como assim?
Muito simples, a cerveja que deveria ter a
tradicional composição de malte, lúpulo e água, por conta da legislação
brasileira pode ser produzida com a substituição do malte de cevada por outra
fonte de carboidratos mais barata em até 45%. Assim, o milho (bem mais barato) passou
a ser largamente utilizado nas cervejas brasileiras, com destaque para as grandes
marcas. Onde se lê no rótulo da bebida a informação "cereais não
maltados", deve-se ler "milho transgênico", simples assim.
Milho e ainda por cima transgênico?
Transgênico? Não poderia ser o milho comum? Ocorre que, a partir do ano de 2007,
foi liberada a produção de milho transgênico no Brasil. As seis irmãs malignas,
aquelas grandes produtoras de venenos (Monsanto, Syngenta, Basf, Bayer, Dow e Dupont)
não perderam tempo e introduziram várias espécies de milhos mutantes no mercado
e as cervejarias tornaram-se grandes compradoras desses cereais mutantes.
Além de não
informarem corretamente a verdadeira matéria prima da cerveja, os cervejeiros
ainda descumprem a legislação que os obriga a estampar o selo de produto transgênico,
aquele T dentro do triângulo, que costuma ser visto nas embalagens de óleo de
soja e nos sacos de rações para cães. Que pena dos nossos animais de estimação... Quando era menino, os nossos bichinhos de estimação comiam da mesma comida que comíamos e acho que eles não se queixavam, muito pelo contrário... Não são só os cervejeiros, outros produtores também costumam descumprir a lei, infelizmente...
Hoje, há um movimento mundial contra os
transgênicos e o Brasil é um dos seus alvos preferidos, pois ele é o segundo
maior produtor de transgênicos do planeta. Quase a totalidade do milho
produzido aqui provém de variedades transgênicas e, dessa maneira, fica quase impossível
encontrar no meio das marcas tradicionais de cerveja alguma que não esteja
"batizada".
As cervejarias deveriam ser minimamente
honestas e, cumprindo a lei, deveriam estampar nos rótulos das suas cervejas,
além da informação sobre os ingredientes (Água, malte, cereais não maltados e
lúpulo), o símbolo de produto transgênico. O consumidor minimamente informado
sobre o seu significado poderia tomar a decisão consciente de consumir o
produto ou não.
No carnaval deste ano, como nos anos
anteriores, o consumo de cerveja, ou melhor, de suco de "milho
transgênico", deve ser muito alto. Então, se no dia seguinte a ressaca
bater forte, o folião pode por a culpa no milho.
Cerveja transgênica nenhum folião merece, por
mais bebum que ele seja, mas ele já pode, sem dúvida nenhuma, "cantar de
galo", já que com ele divide cotidianamente a sua ração.
Excelente texto
ResponderExcluir👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼Informações importantes. RepSsemos👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
ResponderExcluirContinue repassando,
ExcluirCambada de filhos da puta em produtores. Vão tudo queimar no fundo do inferno. CANALHAS.
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