Zildo Gallo
Modelo da
sustentabilidade
Social: social
Bearable: suportável
Equitable: equitativo
Environment: meio ambiente
Economic: econômico
Sustainable: sustentável
Viable: viável
Viable: viável
Primeira afirmação: a atividade
econômica real ocorre na natureza, a partir da natureza, naquilo que se
convencionou chamar de meio ambiente, de onde se presume, de imediato, que a
mera especulação financeira, por conta da sua clara autofagia e afastamento da
economia real, está fora do modelo da sustentabilidade.
Segunda afirmação: o crescimento
econômico por si só, envolvendo a atividade econômica e o meio ambiente
(matérias primas, recursos energéticos etc.) não se justifica sem uma âncora
social, uma função social abrangente.
Terceira afirmação: a sustentabilidade
do ponto de vista ambiental implica em não ir além do ecologicamente suportável,
o que significa não esgotamento dos recursos naturais e não produção de
externalidades negativas com é o caso da poluição (águas, ar e solo) e da eliminação
das áreas verdes; a capacidade de suporte varia de acordo com os diferentes meios
naturais, existem ambientes mais frágeis e menos frágeis.
Quarta afirmação: o objetivo social do
desenvolvimento deve ser a inclusão social, o que implica na busca incessante
pela igualdade social; o crescimento econômico que não mira a igualdade e que
concentra riquezas não pode se encaixar no modelo da sustentabilidade.
Quinta afirmação: os projetos e
empreendimentos econômicos necessitam da sua viabilidade econômica para que
evoluam no tempo e no espaço, caminhando no sentido da produção da riqueza,
tanto material como cultural, para a geração de efeitos sociais benéficos a
todos.
Sexta afirmação: para que o modelo da
sustentabilidade se realize, economia, bem-estar social e preservação ambiental
devem sempre ser inseparáveis.
Sétima afirmação: para que a sexta
afirmação se confirme e a sustentabilidade se materialize, em todos os planos e
projetos devem ser consideradas a capacidade de suporte (Bearable) de cada
bioma, a viabilidade econômica (Viable), destacando a de longo prazo, e a
satisfação social (Social) amplamente produzida e distribuída.
Considerações
sintéticas
Do ponto de vista econômico, as sete
afirmações acima chamam para a necessidade do planejamento, pelo motivo que
segue: não é possível pensar a preservação do equilíbrio ambiental, o bem-estar
social e a viabilidade econômica durável no curto prazo. O mercado enquanto
alocador de recursos (capital e trabalho) atua no curto prazo, onde tem a sua
eficiência, pois visa o retorno imediato dos investimentos individuais realizados
e a imediata satisfação dos desejos dos consumidores. O Estado, por sua vez,
tem que ir além dos retornos individuais e, assim, mirar os retornos coletivos
de longo prazo, que são da sua verdadeira alçada. Então, pensar realmente a
sustentabilidade do desenvolvimento econômico significa (implica em) recolocar
a necessidade do PLANEJAMENTO. Só que doravante planejar tornou-se uma questão
um pouco mais complexa, pois foi introduzida a variável ambiental. É preciso
produzir riqueza (Economic), reparti-la (Social) e, ao mesmo tempo, garantir
que a natureza (Environment) com um todo continue reproduzindo a vida no
longuíssimo prazo com a qualidade adequada. Os resultados do planejamento só serão sustentáveis (Sustainable) se ele for conduzido conforme o Modelo da Sustentabilidade aqui esmiuçado.
FUI CLARO?
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