Zildo Gallo
Continuando
o proposto em 26 de abril de 2016, um dia outonal nublado, eu publico hoje, 18 de agosto de 2016, numa noite quente e seca de inverno, um poema sobre a minha
percepção da carta número 20 (vinte) do Tarô de Marselha, o Julgamento.
Relembrando, desde 1990 eu estudo as mais diferentes versões do Tarô, desde a
mais antiga, Tarô de Marselha, até as mais contemporâneas, como o Tarô dos
Orixás, por exemplo. O Julgamento é a vigésima e penúltima carta da jornada
arquetípica do Tarô e na próxima semana, com a publicação da carta “O Mundo”,
encerrarei esta série de poemas em homenagem aos arcanos maiores do Tarô.
O JULGAMENTO
Esperar em paz até o soar da trombeta,
Para renascer do sono profundo
E acordar em pele e pelos,
Liberto de indumentárias e ornamentos
Que escondem quem realmente sou.
Quem sou eu?
Renascer das cinzas feito fênix
Pois, de verdade, sou como esta ave
Que sempre renasce a partir do pó largado ao chão,
Do pó que antes, muito antes, veio das estrelas,
Pois, neste mundo, somos todos estrelas.
Sou só mais uma estrela entre todas as estrelas?
Não há porque temer o Juízo Final,
Porque, ao bem da divina verdade, somos todos
Fragmentos do imenso todo que se estende
Rumo ao infinito dos infinitos e além.
Na verdade, eu e tu somos esta infinitude.
Como compreender esta infinitude?
Não há que temer a hora da remissão dos pecados,
Já que o grande e imensurável pecado
É a ilusão de que não somos a centelha divina
Que brilha dentro e brilha fora,
Pois somos muito mais que pó das estrelas;
Somos, eu e tu, esta incompreensível infinitude.
Esperar em paz até o soar da trombeta,
Para renascer do sono profundo
E acordar em pele e pelos,
Liberto de indumentárias e ornamentos
Que escondem quem realmente sou.
Quem sou eu?
Renascer das cinzas feito fênix
Pois, de verdade, sou como esta ave
Que sempre renasce a partir do pó largado ao chão,
Do pó que antes, muito antes, veio das estrelas,
Pois, neste mundo, somos todos estrelas.
Sou só mais uma estrela entre todas as estrelas?
Não há porque temer o Juízo Final,
Porque, ao bem da divina verdade, somos todos
Fragmentos do imenso todo que se estende
Rumo ao infinito dos infinitos e além.
Na verdade, eu e tu somos esta infinitude.
Como compreender esta infinitude?
Não há que temer a hora da remissão dos pecados,
Já que o grande e imensurável pecado
É a ilusão de que não somos a centelha divina
Que brilha dentro e brilha fora,
Pois somos muito mais que pó das estrelas;
Somos, eu e tu, esta incompreensível infinitude.
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