Zildo Gallo
Continuando
o proposto em 26 de abril de 2016, um dia outonal nublado, eu publico
hoje, 15 de julho de 2016, num anoitecer invernal, muito
seco e com temperatura anormalmente quente, um poema
sobre a minha percepção da carta número 14 (quatorze) do Tarô de Marselha, a
Temperança. Relembrando, desde 1990 eu estudo as mais diferentes versões do
Tarô, desde a mais antiga, Tarô de Marselha, até as mais novas, como o Tarô dos
Orixás, por exemplo. A Temperança é a décima quarta carta da jornada
arquetípica do Tarô e, após ela, continuarei publicando pelo menos um poema por
semana e, ao cabo de mais ou menos 20 semanas, com início em abril de 2016,
terei passado uma visão completa em forma de poesia sobre todos os arcanos
maiores.
A TEMPERANÇA
Apareço na tua vida feito um anjo
alquímico
Preparando a tua sagrada bebida,
O vinho santo da tua Santa Ceia,
O sagrado Soma dos deuses do Oriente,
Prontos para te orientar.
Apareço como um guia celestial
Apto a conduzir-te no real caminho da
luz,
Mas, com segurança, eu te asseguro:
Não verás a luz divina antes de iluminar
Os subterrâneos onde tuas sombras se alojam.
Asseguro-te, com toda minha divinal placidez:
A aterradora descida ao mundo sombrio
Não é tarefa alegre, fácil e tranquila,
Mas ela não te aniquilará, ao contrário,
Ela te ressuscitará da tua morte em
vida.
Apenas te peço:
Muita calma e tranquilidade,
Nem te peço que te apresses,
Apenas que aceites que eu te guie,
Pois teu tempo se estende até o infinito.
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