Zildo Gallo
Continuando
o proposto em 26 de abril de 2016, um dia outonal nublado, eu publico
hoje, 12 de julho de 2016, num dia invernal ensolarado,
muito seco e com temperaturas amenas, um poema sobre
a minha percepção da carta número 13 (treze) do Tarô de Marselha, a Morte.
Relembrando, desde 1990 eu estudo as mais diferentes versões do Tarô, desde a
mais antiga, Tarô de Marselha, até as mais novas, como o Tarô dos Orixás, por
exemplo. A Morte é a décima terceira carta da jornada arquetípica do Tarô e, após
ela, continuarei publicando pelo menos um poema por semana e, ao cabo de mais
ou menos 20 semanas, com início em abril de 2016, terei passado uma visão
completa em forma de poesia sobre todos os arcanos maiores.
A MORTE
Chego, à vezes bem de mansinho,
Silenciosamente imperceptível,
Às vezes catastrófica, virulenta e
assustadora,
Afirmando a todos o meu poder,
Sobre tudo que habita este mundo em
carne viva.
Tudo que nasce e cresce neste plano
Um dia com certeza, recebe a minha visita
certeira,
A minha indesejada e incompreensível chegada
E não há como não abrir as portas
Para impedir a minha gélida e triunfal entrada.
Chego à sua casa, às vezes sem prévio
aviso,
Tanto para arrancá-lo para fora
Do seu já carcomido casulo material
Como para retirá-lo à força, dentro
desta mesma vida,
Da sua modorrenta e pegajosa comodidade.
Bem-aventurados são todos aqueles
Que me recebem na sua medíocre
morte-vida
E, renascidos, captam a minha clara mensagem
E com olhos e almas abertos, (re)iluminados,
Iniciam uma nova viajem neste mundo
ainda...
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