Z|ildo Gallo
Caminhar às escuras,
Tateando... tateando...
Em direção ao nada?
Chegar no ponto de mutação,
Ponto de luz que nos levará às estrelas,
À transcendental virada ao todo (tudo),
Um primeiro passo rumo ao infinito,
Ou à "queda para baixo",
Inflexão aos subterrâneos infernais,
Um mergulho nas sombras interiores,
Inferiores...
Nossa (i)real condição.
Caminhar... caminhar...
Seguir a estrada que mergulha
Na linha do horizonte,
Encontro de céu e terra,
O zênite inatingível,
Sempre à frente,
Utopia sempre posta à frente,
Farol a guiar nossa trajetória
Até um fim de jornada.
Sempre assalta-nos a pergunta:
Terá fim a jornada?
Ao final, resta-nos a memória
Do caminho andado,
Salpicado de alegrias e tristezas,
E o vislumbre de uma inebriante luz,
Belamente imaginada.
Resta a clara compreensão da importância
Do eterno caminhar e das histórias
Construídas no caminho.
Caminhos, partidas, chegadas, caminhos...
O que conta é o movimento
Rumo aos pontos de mutação,
Por enquanto...
Piracicaba, SP, 05 de
março de 2002 e Campinas, SP, 15 de abril de 2017.
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