Zildo Gallo
Que estranha energia é essa,
Que não deseja o melhor para os irmãos?
Que estranha energia é essa,
Que só nos leva a desejar o melhor
Para nós mesmos e, no máximo,
Para os mais próximos, exclusivamente?
Para os mais próximos, exclusivamente?
Que estranha energia é essa,
Que só deseja explorar, sem piedade,
Os nossos irmãos mais desprotegidos?
Os nossos irmãos mais desprotegidos?
Que estranha energia é essa,
Que não se comove com os famintos
De comida, de afeto e de liberdade?
Que estranha energia é essa,
Que só estimula a divisão entre os irmãos?
Que estranha energia é essa
Que sempre cisma em nos colocar fechados
Em impenetráveis castelos fortificados,
Temerosos de saques e imaginadas violências?
Que estranha energia é essa,
Que nos lança na ignorância mais
profunda,
Cercados de medos e eternamente defendidos?
Cercados de medos e eternamente defendidos?
Que estranha energia é essa,
Que embandeira nossos quintais
Em nome de raças, classes e
nacionalidades?
Que nefasta energia é essa,
Que, por séculos, nos tem acorrentado?
Que, por séculos, nos tem acorrentado?
Que estranha energia é essa,
Que só separa e nunca une?
Abaixo a estranha energia!
Que venha a liberdade!
Que venha a liberdade!
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