Zildo Gallo
Tal qual a ostra que foi agredida,
Pérolas negras rolavam nas faces
Da infinidade de negros chibatados.
Para cada dor sentida da exclusão,
Nosso belo Cisne Negro perolava
Suas lágrimas em forma de poemas.
Uma pérola-poema para cada dor,
Uma pérola-poema para cada insulto,
Uma pérola-poema para cada vergonha,
Uma pérola-poema para cada perda,
Uma pérola-poema...
Outra pérola-poema...
Quem algum dia perolará
O grande poema da maior das dores,
A dor do maior dos cativeiros,
Do cativeiro da alma violentada?
PS.: mais um poema para Cruz e Sousa e
para a negritude.
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