Zildo Gallo
Pai, por que me abandonastes?
Assim falou o Jesus terreno
Bem no alto da sua cruz.
Se Mestre Cristo viu-se abandonado,
O que será de nós, reles pecadores,
Que gemem, choram e gritam,
Neste fundo vale de lágrimas?
Caído em desespero, eu me interrogo:
Por onde andas, Rainha da misericórdia,
Para apenas, que seja por pura pena,
Carinhosamente nos confortar?
Andarilho suplicante, eu me questiono:
Serei eu mais um dos abandonados
Na minha comprida via crucis?
E assim, a vida vai passando,
De abandono em abandono...
Em que momento e em qual lugar
Finalmente serei resgatado?
Assim, caminha a minha humanidade,
Entre lágrimas, gemidos e gritos,
Nas sombras do vale lacrimejante.
Salve Rainha! Cadê a tua misericórdia?
Só rezando 100 salve rainhas?
Só rezando 100 salve rainhas...
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