Zildo Gallo
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Quando o inverno acabar
e a primavera chegar
já estarei no outono
pois o verão evaporou-se
e nem o percebi
exceto seus calores
o mundo já não anda em ciclos
explicação que me foi dada
quando o tempo correndo
passou pelo meu despercebimento
no inverno tive frios
no verão suei calores
na primavera ipês floriram
no outono falei ao vento
e o vento sempre vem e sempre vai
aqui na urbe a natureza circular
não tem seu sentido arredondado
o tempo é um continuum
que continua
continua...
continua...
continua...
enquanto Saturno
o implacável senhor do tempo
embuçado no céu longínquo
embuçado no céu longínquo
gira nos seus anéis
o meu destino errante.
Muito bonito o poema, sobretudo quando as estações sazonais são alteradas na grande urbe, onde somos contínuos sem flores, sem noites estreladas, apenas Saturno tão distante empresta seus anéis e os põem no anelar em um compromisso com nosso destino errante nos ventos...
ResponderExcluirAnálise perfeita, muito grato!
ResponderExcluirMaravilhoso poema do tempo que continua ,continua ...não importam os motivos.
ResponderExcluirObrigado