Zildo Gallo
Os lírios
nos meus delírios
Bailam
doidamente,
Embalados
pelos ventos campestres.
Apenas
observo o bailado furioso
E, ensimesmado, me pergunto:
Esta fúria vem do vento
Ou
do meu olhar inconformado
Diante
de tanta beleza exterior,
Que
não é nenhum reflexo de mim,
Que
teimo em ser este bicho estranho,
Macambúzio
e sorumbático?
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