Zildo Gallo
Para o ano de
2018, desejo a todos os meus leitores e leitoras o mesmo que desejei em 2017 e
2016, a concretização dos ideais interrompidos (no meu modo de ver) da
Revolução Francesa (1789-1799), que conseguiu resumir em apenas três palavras
(liberdade, igualdade e fraternidade) as condições necessárias à realização de
uma vida digna e próspera para todos os cidadãos do planeta, não só para os
cidadãos franceses. Assim, repito o artigo publicado nos dois anos anteriores.
A LIBERDADE é essencial ao
desenvolvimento do potencial de cada indivíduo, todos os seres humanos precisam
de liberdade, indistintamente. Se tem algo que limita a liberdade, este algo é
a pobreza; ela dificulta o aprendizado (escola e cultura), a saúde (alimentação
e cuidados sanitários) e a locomoção (o direito de ir e vir), que são
essenciais ao bem-estar e à realização do espírito. No atual momento da
humanidade, a pobreza extrema é muito grande e, ao mesmo tempo, a riqueza
concentra-se de forma nunca dantes vista. O fosso entre ricos e pobres
alargou-se no pós-guerra e continua nesta mesma dinâmica nos dias de hoje.
Para que a liberdade alargue os seus
horizontes, é preciso desconcentrar a renda e eliminar a pobreza. É necessário
diminuir as diferenças sociais e aumentar a IGUALDADE. Quanto mais igual mais
livre é a sociedade, pois a liberdade é necessária a todos e não só para os que
controlam as riquezas. Todos os seres humanos são iguais, independente da raça,
da classe social, do gênero, da religião etc. Assim, a igualdade pressupõe a
inexistência de qualquer tipo de segregação e preconceito, pois eles diminuem a
LIBERDADE e impedem a FRATERNIDADE.
Por sua vez, a FRATERNIDADE é essencial
à LIBERDADE e à IGUALDADE, já que ela se assenta na compaixão que cada ser humano
precisa ter para viver em grupo, para se realizar no seu processo de
humanização, pois os homens só são (tornam-se) humanos em sociedade (o homem é
um animal social - Aristóteles). A FRATERNIDADE é o instrumento essencial da
diminuição da pobreza e das diferenças sociais e ela precisa fazer-se presente
na política, pois o homem também é um
animal político (Aristóteles). Então, cabe ao Estado enquanto instância
organizada e organizadora da sociedade buscar a diminuição da pobreza e a
inclusão social. A sua função não é apenas garantir o funcionamento do mercado,
como desejam os liberais conservadores, que olham para o mundo a partir das
suas posses pessoais.
A FRATERNIDADE, a IGUALDADE e a
LIBERDADE são interdependentes e iguais em valor. Não dá para pensá-las
isoladamente e nem de forma particular, a partir do indivíduo, ainda que a
individualidade seja um valor que deve ser preservado (a individualidade não é
um valor absoluto para o indivíduo, pois, quando extremada, ela pode ferir a
individualidade alheia), pois elas são valores coletivos, humanizantes,
necessários à convivência pacífica e próspera da humanidade como um todo. Hoje,
a humanidade passa por um momento de extremo individualismo, egoísmo mesmo, e
os resultados disso estão à vista (pobreza, violência, drogas, poluição,
guerras, preconceitos, intolerâncias etc.) de todos que queiram ver. A
individualidade tem seu limite e ele se localiza nas fronteiras do bem-estar
coletivo.
liberté * egalité * fraternité - já!!!!!!!
DEPOIS DE TANTOS ANOS, A HUMANIDADE JÁ
ESTARIA (DEVERIA ESTAR) MADURA E CONSCIENTE O SUFICIENTE PARA REALIZAR ESTA
REVOLUÇÃO DE FORMA PACÍFICA, SEM A VIOLÊNCIA DE 1789, NA FRANÇA. SERÁ QUE ESTÁ???????
FELIZ ANO NOVO!
Muito bom Texto/ Matéria p/ um Jornal cultural; e portanto, Eu já estou a solicitar a Editar em nosso Jornal/Revista Folha Cultural ( favor visitar nosso Blog. compaztr.blogspot.com/) Felicidades p/ Vc.
ResponderExcluirGrato! Pode publicar na sua revista. Ficarei mais agradecido.
ResponderExcluirAdorei o texto doutor. Simples e objetivo. Parabéns.
ResponderExcluir