sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE EM 2018!

Zildo Gallo
Para o ano de 2018, desejo a todos os meus leitores e leitoras o mesmo que desejei em 2017 e 2016, a concretização dos ideais interrompidos (no meu modo de ver) da Revolução Francesa (1789-1799), que conseguiu resumir em apenas três palavras (liberdade, igualdade e fraternidade) as condições necessárias à realização de uma vida digna e próspera para todos os cidadãos do planeta, não só para os cidadãos franceses. Assim, repito o artigo publicado nos dois anos anteriores.


A LIBERDADE é essencial ao desenvolvimento do potencial de cada indivíduo, todos os seres humanos precisam de liberdade, indistintamente. Se tem algo que limita a liberdade, este algo é a pobreza; ela dificulta o aprendizado (escola e cultura), a saúde (alimentação e cuidados sanitários) e a locomoção (o direito de ir e vir), que são essenciais ao bem-estar e à realização do espírito. No atual momento da humanidade, a pobreza extrema é muito grande e, ao mesmo tempo, a riqueza concentra-se de forma nunca dantes vista. O fosso entre ricos e pobres alargou-se no pós-guerra e continua nesta mesma dinâmica nos dias de hoje.
Para que a liberdade alargue os seus horizontes, é preciso desconcentrar a renda e eliminar a pobreza. É necessário diminuir as diferenças sociais e aumentar a IGUALDADE. Quanto mais igual mais livre é a sociedade, pois a liberdade é necessária a todos e não só para os que controlam as riquezas. Todos os seres humanos são iguais, independente da raça, da classe social, do gênero, da religião etc. Assim, a igualdade pressupõe a inexistência de qualquer tipo de segregação e preconceito, pois eles diminuem a LIBERDADE e impedem a FRATERNIDADE.
Por sua vez, a FRATERNIDADE é essencial à LIBERDADE e à IGUALDADE, já que ela se assenta na compaixão que cada ser humano precisa ter para viver em grupo, para se realizar no seu processo de humanização, pois os homens só são (tornam-se) humanos em sociedade (o homem é um animal social - Aristóteles). A FRATERNIDADE é o instrumento essencial da diminuição da pobreza e das diferenças sociais e ela precisa fazer-se presente na política, pois o homem também  é um animal político (Aristóteles). Então, cabe ao Estado enquanto instância organizada e organizadora da sociedade buscar a diminuição da pobreza e a inclusão social. A sua função não é apenas garantir o funcionamento do mercado, como desejam os liberais conservadores, que olham para o mundo a partir das suas posses pessoais.
A FRATERNIDADE, a IGUALDADE e a LIBERDADE são interdependentes e iguais em valor. Não dá para pensá-las isoladamente e nem de forma particular, a partir do indivíduo, ainda que a individualidade seja um valor que deve ser preservado (a individualidade não é um valor absoluto para o indivíduo, pois, quando extremada, ela pode ferir a individualidade alheia), pois elas são valores coletivos, humanizantes, necessários à convivência pacífica e próspera da humanidade como um todo. Hoje, a humanidade passa por um momento de extremo individualismo, egoísmo mesmo, e os resultados disso estão à vista (pobreza, violência, drogas, poluição, guerras, preconceitos, intolerâncias etc.) de todos que queiram ver. A individualidade tem seu limite e ele se localiza nas fronteiras do bem-estar coletivo.
liberté * egalité * fraternité - já!!!!!!!


DEPOIS DE TANTOS ANOS, A HUMANIDADE JÁ ESTARIA (DEVERIA ESTAR) MADURA E CONSCIENTE O SUFICIENTE PARA REALIZAR ESTA REVOLUÇÃO DE FORMA PACÍFICA, SEM A VIOLÊNCIA DE 1789, NA FRANÇA. SERÁ QUE ESTÁ???????
FELIZ ANO NOVO!






3 comentários:

  1. Muito bom Texto/ Matéria p/ um Jornal cultural; e portanto, Eu já estou a solicitar a Editar em nosso Jornal/Revista Folha Cultural ( favor visitar nosso Blog. compaztr.blogspot.com/) Felicidades p/ Vc.

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  2. Grato! Pode publicar na sua revista. Ficarei mais agradecido.

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  3. Adorei o texto doutor. Simples e objetivo. Parabéns.

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