Zildo Gallo
O poeta olha para a vida que se descortina
Com olhos de quem espera epopeias,
E o que ele vê são histórias bem pequenas,
De meros humanos nas labutas diárias
Das suas singelas histórias de vida.
Não são histórias de semideuses em lutas
cósmicas,
São as histórias das pequenas batalhas
de sempre.
O poeta sente-se sem enredos valorosos,
Abandonado pelas distantes e divinas
musas.
Acredita que elas se recolheram no
Olimpo
Ao lado de Zeus, todo poderoso pai,
E que o tempo heroico dos semideuses esfumou-se,
Que as suas memórias estão lacradas em
algum baú,
Feito cartas velhas amareladas,
Num baú jogado num sótão mal-assombrado...
Só resta ao poeta a humildade de olhar
Para o mundo que se apresenta bem pequeno
E apequenar-se diante das suas histórias
pequenas,
Para delas arrancar enredos simples, mas
verdadeiros,
E, quem sabe, descobrir grandezas escondidas
Nos folguedos vivos das crianças
E nas memórias vivas dos velhos,
Os extremos do existir nesta vida...
Quiçá retornem as musas...
Mosaico com mais de 2.200 anos
encontrado na antiga cidade grega de Zeugma, representando as Nove Musas da
Ciência e das Artes da Mitologia Grega:
Ola, boa noite.
ResponderExcluir"O que seria do poeta,
se nao existissem as musas.
Como conseguiriam as rimas,
os versos, as misturas...
Nao teriam como descrever,
escrever ou resumir sentimentos.
Os poetas sem as musas,
seriam como suas penas,
vazias e sem tinta."
Vamos tecendo as linhas, para
que nossos leitores busquem suas
Musas escondidas nas entrelinhas... Abraço
Abraços, Simone.
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