Zildo Gallo
Um
fio que não ata e nem desata
História
sem começo e nem fim
Lampejo
num intangível lusco-fusco
De
uma noite que ainda não chegou
De
um dia que ainda não se findou
Assim
será o futuro daqui a pouco
O
que temos é o passado que já passou
E
tornou-se imagem de um memorial
Neste
mesmíssimo e instantâneo instante
Somando-se
a instantes e mais instantes
De
um passado que se afasta já distante
Mas
que se faz presente o tempo todo
Pois
é a única coisa que se tem
A
cada instante que já veio e já se foi
E
a cada instante que ainda virá
E
que jamais será novamente vivido
O
presente se esfarela em passado antes
Que
o agarremos entre os dedos
O
presente assim pensado torna-se
Uma
paradoxal impossibilidade
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