Zildo Gallo
Quando Sócrates na Atenas democrática
Preferiu a morte a negar a supremacia
Da liberdade do livre filosofar
Marcou um gol
Um lindo gol de placa
Como aqueles do Sócrates brasileiro
Artista da bola e sábio nas ideias
Um gol no ângulo reto esquerdo da trave
Provando que “a soma do quadrado dos
catetos
É igual ao quadrado da hipotenusa”
Como pensava Pitágoras
Outro sábio grego.
Filosofia ciência e arte
A serviço das liberdades
De todas as liberdades...
O filósofo e o atleta
Ambos guerreiros das liberdades
Um filosofava e despertava a juventude
Das suas citadinas ilusões
O outro marcava gols e lutava
Nos estertores da dura ditadura
Pela democracia
Não a democracia de Atenas
Pois esta estava na Grécia e carrega a
mácula eterna
De ter matado o sabidíssimo Sócrates
heleno
Mas sim a fugaz democracia corintiana
E a cambaleante democracia brasileira.
Sócrates Sampaio de Souza Vieira de
Oliveira
Um brasileiro
Uma voz vibrante nos gritos fervorosos:
“Diretas já!”
É gooooooooooool!
É gooooooooooool!
PS.: este poema
foi escrito por um palmeirense convicto, numa prova cabal de que a tolerância sempre
é o melhor caminho.
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