Zildo Gallo
O livro Capitalismo e Colapso Ambiental (Editora da Unicamp),
do professor do Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências
Humanas (IFCH) da Unicamp, Luiz Marques, ganhou o prêmio Jabuti 2016 em primeiro
lugar na categoria Ciências da Natureza, Meio Ambiente e Matemática. Sem dúvida
alguma, trata-se de um prêmio merecido, pois há muito tempo permanecia a
necessidade de uma obra que tocasse com a profundidade necessária a grande
crise socioambiental que atravessa o nosso planeta.
Para Marques, as crises ambientais e
sociais tornam necessária e inadiável uma reflexão sobre o caos planetário, em
que toda a sociedade pode prejudicar-se de forma grave e com difícil
reversibilidade. Assim, como não poderia deixar de ser, o seu
livro é um estudo que aponta o capitalismo como essencialmente expansivo e predador
e que tem levado planeta a um quadro gigantesco de devastação ambiental. Para
ele, reverter tal trajetória implica na desmontagem do processo acumulativo e
expansivo deste modo de produção, o que significa, na prática, desmontá-lo.
Talvez seja necessária a própria superação do modo de produção capitalista, pois o crescimento ininterrupto e infinito é a sua forma de ser. A busca do crescimento a qualquer custo moldou este sistema na forma de uma máquina multinacional intrinsecamente predatória e, assim, o capitalismo global tem extinguido ou ameaçado a existência de um número cada vez mais crescente de espécies (animais e vegetais), entre as quais, os próprios seres humanos.
Enfim, uma grande obra para o momento mais crítico da história da humanidade, quando ela própria colocou-se em grave risco, sozinha, sem a ameaça de nenhum meteoro gigante vindo do espaço sideral, como aconteceu no caso da extinção dos dinossauros há muitos milhões de anos atrás. O livro de Marques posta-se a nossa frente como uma moderna esfinge ameaçadora: decifra-me ou te devoro. Todos os estudiosos das questões socioambientais e todos os cidadãos estão chamados a decifrar a esfinge, para se incluírem de forma mais efetiva no bom combate a ser travado para salvar os ecossistemas e a própria humanidade. Sem dúvida nenhuma, a maior tarefa colocada aos seres humanos desde o início da sua trajetória.
Adquiram a obra: uma leitura mais que indispensável, crucial. Adquiram, leiam e divulguem. Trata-se de uma boa arma para um bom combate.
Talvez seja necessária a própria superação do modo de produção capitalista, pois o crescimento ininterrupto e infinito é a sua forma de ser. A busca do crescimento a qualquer custo moldou este sistema na forma de uma máquina multinacional intrinsecamente predatória e, assim, o capitalismo global tem extinguido ou ameaçado a existência de um número cada vez mais crescente de espécies (animais e vegetais), entre as quais, os próprios seres humanos.
Enfim, uma grande obra para o momento mais crítico da história da humanidade, quando ela própria colocou-se em grave risco, sozinha, sem a ameaça de nenhum meteoro gigante vindo do espaço sideral, como aconteceu no caso da extinção dos dinossauros há muitos milhões de anos atrás. O livro de Marques posta-se a nossa frente como uma moderna esfinge ameaçadora: decifra-me ou te devoro. Todos os estudiosos das questões socioambientais e todos os cidadãos estão chamados a decifrar a esfinge, para se incluírem de forma mais efetiva no bom combate a ser travado para salvar os ecossistemas e a própria humanidade. Sem dúvida nenhuma, a maior tarefa colocada aos seres humanos desde o início da sua trajetória.
Adquiram a obra: uma leitura mais que indispensável, crucial. Adquiram, leiam e divulguem. Trata-se de uma boa arma para um bom combate.
MARQUES,
Luiz. Capitalismo e Colapso Ambiental.
Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2015, 648p.
Excelente .
ResponderExcluirPara ler e pensar !