quinta-feira, 15 de abril de 2021

BOLA DE GUDE

 Zildo Gallo

 


 

Rolando bolas de gude

Tec-tec-tec...

Bolinhas para lá

Bolinhas para cá

Tec-tec-tec...

 

Em segundos o tempo voou

Barbas e cabelos nevados

Numa cabeça a cismar...

Restou um grande emaranhado

Nesse meio tempo passado

 

De repente uma vontade

De tudo balançar

Valeu

Não valeu

O que valeu?

 

Só mesmo a ciática

Para me retirar

Dessa meditação profunda

Valeu

Não valeu

O que valeu?

Tec-tec-tec...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

RÉQUIENS ÀS VESPAS

 

Zildo Gallo

 

 A vespa solitária

Com seu imenso valor

Na sua solidão alada

Morre sozinha

Réquiens à vespa

Que vive e morre

Sozinha...

Sozinha...

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

GÊNERO HOMO

Zildo Gallo – 08 de dezembro de 2020



 No homem

A matéria pensa

E se pensa

Melhor seria

No homem

A matéria sentir

E se sentir

Quem sabe as dores

Menores seriam

Todavia seriam

Mais bem sentidas

 

quinta-feira, 9 de abril de 2020

CAVAQUINHO


Zildo Gallo



Quando se partiu o meu cavaquinho
A música partiu-se de mim
Para sempre... para sempre...
Restou-me um chorinho

quarta-feira, 1 de abril de 2020

POEMA BOVINO


Zildo Gallo


O boi confinado aguarda
O seu tratador de todo dia
Enquanto tristemente muge
E devora sua ração no cocho
Olhando ao derredor
Seus companheiros de sina
E de ruminações noturnas
Tempo de sonhar os vastos campos
Imagina ele a sua sina?

sexta-feira, 13 de março de 2020

quinta-feira, 12 de março de 2020

UTOPIAS JÁ!

Zildo Gallo


Em tempos envoltos em sombras
Há que se imaginar utopias
Faróis a iluminar lugares nenhuns
Realidades possíveis (impossíveis?)
Ainda que longínquas...
Bálsamos para aliviar as dores
Das guerras insanas
Das macabras rotinas


HAICAIS DO PINHÃO